top of page
Buscar
Foto do escritorFernanda Pacheco de Oliveira

A FORÇA DO AUTOCONHECIMENTO PARA A LIDERANÇA

Atualizado: 10 de set. de 2020



Você considera que se conhece? Se sim, responda às seguintes perguntas sem pestanejar:

  • Quais são suas fortalezas?

  • Quais seus pontos de maior fragilidade?

  • O que as pessoas que convivem com você pensam a seu respeito?

Agora rapidamente elenque as duas últimas situações em que teve um insight referente a seu comportamento nos últimos 6 meses. Difícil né?


Saber quem somos e do que gostamos é sinônimo de maior performance. Quando nos conhecemos fazemos escolhas ainda mais eficazes, que potencializam o que temos de melhor e nos aproximamos de ambientes, pessoas e atividades que nos favorecem.


Nenhum de nós é bom em tudo, mas podemos fazer escolhas que nos permitam entregas mais efetivas, seja nas relações profissionais ou pessoais. Podemos ser ainda melhores profissionais, pais e amigos quando nos munimos das ferramentas que nos complementam, sejam elas pessoas ou métodos.


Trazendo um caso prático a título de ilustração através de uma função do dia a dia da liderança: a formação da equipe de trabalho (de alta performance) e a gestão de diferentes perfis. Tarefas estas cruciais e com certa complexidade. E que como consequência, impactam nos resultados do negócio e no desenvolvimento das pessoas e do próprio líder.


Partindo do pressuposto que temos uma tendência natural enquanto seres humanos de nos aproximarmos de iguais, frente a atividade de escolha de quem vai compor nosso time de trabalho, isto não se mostra diferente. Perfis similares possuem “modus operantes” e por consequência, visões mais parecidas e sincrônicas, o que facilita convivência diária e decisões similares nas situações. Aparentemente, mais confortável e fácil seria para um líder no dia a dia da gestão. Porém, o que tem maior potencial para gerar uma visão ampliada e sistêmica da área, levando em conta diferentes ângulos: uma equipe com profissionais de perfis similares ou diferentes?


Essa resposta é simples. Na situação acima, escolhendo perfis similares, terei então, uma equipe mais potente naquilo que pode ser meu ponto forte e menos eficaz naquilo que não valorizo ou não faço muito bem. A tendência é que a equipe será do mesmo nível do líder, ou com caraterísticas similares. Talvez poderá somar pouco na entrega final do time.


Por outro lado, se a liderança possui autoconhecimento elevado, tende a se atentar para a complementaridade, trazendo então competências distintas através da formação de um time que tenha as características diferenciadas e relevantes para o negócio. Uma soma que necessitará uma gestão das diferenças, sem dúvida, mas que eleva e potencializa a entrega de todos.


Nesse sentido o autoconhecimento se torna um diferencial no processo. Entender quem se é, onde se localizam as fragilidades e o potencial faz toda a diferença. Não desenvolvemos ou focamos no que não se conhece ou (re)conhece.


Temos muitas opções para busca do autoconhecimento enquanto líderes. Processos formais ou informais, com maior ou menor profundidade, bem como com diferentes objetivos. De fato buscar auxílio e apoio externo nesse sentido pode ser uma alternativa para ampliar, acelerar ou mesmo aprofundar o autoconhecimento.


Descrevemos aqui algumas das alternativas nessa busca e resumidamente o foco de cada uma delas:


- Coaching: Podemos contar com profissionais que, através da indicação de ferramentas, técnicas e reflexões, nos ajudam a encontrar meios para melhor solucionar nossas dificuldades e aumentar nossa performance no dia a dia. Exemplo de situação indicada: Líder com oportunidade de melhoria na comunicação assertiva;


- Mentoria: É um processo de relacionamento, entre mentor e mentorado, onde há a transferência de conhecimento, vivências, experiências, histórias, ou seja, um apoio para passagem de momentos e posições novas e ou difíceis, ou transições importantes. Exemplo de situação indicada: Um profissional que acaba de ocupar um novo cargo de liderança;


- Constelação sistêmica: pode ser familiar ou organizacional. Ajuda a enxergar o que ainda não conseguimos perceber, costumamos dizer que é ótimo para tirar de baixo do tapete aquilo que deixamos ali por muito tempo e que por vezes nos impede de ir além com maior velocidade. Exemplo de situação indicada: um gestor que tem muita dificuldade de se posicionar com seu superior, a pessoa está apropriada tecnicamente, sabe que está certo no seu parecer, mas chega na hora H não consegue se posicionar e aceita simplesmente, sente-se acoado. Porque ele trava nesta situação?;


- Psicoterapia: mostra quem somos, pois faz com que entremos em contato com nossa essência. É um processo mais longo e que exige maior disposição psíquica, mas sem dúvida, transformador. Quando se consegue entender o porquê de as coisas acontecerem assim ou assado, como: porque escolhemos sempre o mesmo tipo de companheiro, porque escolhemos o mesmo ambiente de trabalho ou os mesmos perfis de pessoas para conviver conosco. Abre-se uma enorme janela de possibilidades. Exemplo de situação indicada: dificuldade em situações que geram emoções, que se repetem, no dia da dia da gestão e na vida profissional de um líder;


- Feedback: ferramenta simples e ao mesmo tempo de um valor enorme. Feedback formal ou informal. Você lembra quando foi a última vez que você perguntou para as pessoas a sua volta qual sua fortaleza? Como você foi naquela apresentação que fez no trabalho para um grupo de colaboradores novos? Ou mesmo perguntou para seus filhos e marido como você poderia ser diferente ou ainda melhor com eles e para eles? Já parou para pensar que o jeito que você faz determinada coisa pode estar incomodando demais a pessoa ao seu lado?

Os exemplos acima: coaching, mentoria, feedback,... são somente algumas alternativas disponíveis. A escolha que melhor trará benefícios, ou mesmo a combinação delas, irá depender do que se deseja aperfeiçoar e o quanto de energia se está disposto a dedicar para o processo.


Na nossa experiência, quando alguém nos pergunta algo a esse respeito, o que mais fazemos é perguntar, perguntar e perguntar. Perguntas são ferramentas mágicas que nos fazem desvendar mistérios que nem imaginávamos.


Acreditamos que todas as respostas estão dentro de cada um de nós. Ninguém melhor que nós, de frente para o espelho, para sabermos o quanto estamos dispostos a investir, financeira e emocionalmente. Cada um sabe o quão profundo quer mergulhar nesse mar de descobertas. A caminhada de autoconhecimento mostra-se como um encontro, com reflexões, reconhecimentos de velhos e novos lugares e possibilidades.


Uma boa conversa pode ajudar muito nesse processo de escolha. Quem não conhece um amigo, colega de trabalho ou vizinho que fez um processo de autoconhecimento? Esse colega certamente conhecerá outras pessoas que fizeram mentoria que irão conhecer pessoas que fazem terapia. Pergunte a eles como é o processo, como se sentiram, quais os ganhos e a partir da ampliação do seu conhecimento poderá fazer escolhas mais acertadas. Investigue. Escolha um profissional com referências. Pense sobre seus objetivos profissionais e que tipo de liderança quer ser. O Autoconhecimento tem uma força muito grande na potencialização de quem se é. Este é o melhor presente que cada um pode dar a si mesmo e a sua equipe.



Autoras: Fernanda Oliveira e Clarissa Pereira

16 visualizações0 comentário

Posts recentes

Ver tudo

Comments


bottom of page